Na era da instantaneidade e da cultura efêmera,
A escrita ancestral é ofuscada pela geração passageira.
Em meio ao frenesi digital, da informação em enxurrada,
A pena outrora exaltada, agora parece subjugada.
Eis que o culto à superficialidade domina a cena,
A brevidade dos caracteres, no atalho que nos condena.
Poucas linhas, emojis, mensagens truncadas,
Numa dança volátil, onde a poesia fica acorrentada.
É preciso cautela, ó viajante do tempo lento,
Para não deixar que a essência se perca ao vento,
Pois sem poesia, não há vida a contento.
Tu, escritor, és o guardião da sabedoria,
Escritas de faróis em meio à imensidão vazia.
Na era dos likes e shares, segure tua essência íntegra,
Tua escrita é a ponte entre gerações íntegras.
Resiste, pois a verdadeira arte não se esvanece,
Ela perdura, mora nos séculos, o tempo não a esquece,
É na essência da palavra, que a alma humana se reconhece.
Caneta é bússola, folha horizonte sem fim,
Enfeita entrelinhas, com a dialética do ser e do devir.
Escritor é navegante dos oceanos do pensar,
De paradoxos a dilemas, provoca o questionar.
No labirinto das ideias, vê a verdade que transcende,
Na filosofia das palavras, a alma humana compreende.
Alquimista das letras, demiurgo do papel,
Arquiteto de mundos, com a pena, torna divino o cruel.
Criador, poeta e criatura, tudo em um só ser,
Tua arte é um espelho, onde a humanidade pode se ver.
Um brinde ao escritor, ao contista e romancista,
Ao poeta e cronista, ao sonhador e ao realista.
São eles os guardiões das histórias que nos fazem sonhar,
Feliz Dia do Escritor, pois sem vocês, não há nada a contar!