Era uma vez uma rosa,
que enfrentava os tropeços do amor,
metaforicamente.

Sustentar metáforas exige força colossal,
metaforicamente.

A rosa, mantinha as estrelas e as promessas, um significado,
metaforicamente.

Mas, me diz, o que é o amor senão uma metáfora?

A rosa se foi.
Curioso, a metáfora também se dissipou.
Era uma vez uma rosa, era uma vez um amor.

Agora, desconheço se sou feita de rosa, de outono,
Ou se de amor, ou se nem gente sou,
Apenas um emaranhado de todas as metáforas,
Buscando braço que me ampare e coração que me sustente.

Sou um navio antigo se desfazendo no fundo do mar,
Com tesouros que nem eu consigo alcançar.