As palavras, essas criaturas mansas que habitam o silêncio das páginas, costumam dançar com olhos de poeta e me levar para além dos limites do pensamento, onde o ser se confunde com o não ser, e o tempo se desfaz em instantes eternos.

Entre a luz e a sombra, o ser humano se debate em busca de sua verdadeira essência, navegando pelos mares turbulentos da alma em busca de portos seguros que nunca encontraremos.

Somos todos tecelões de sonhos e ilusões.

Queria aprender com as folhas caídas e os ventos errantes, a encontrar beleza na imperfeição da existência. Descobrir o como: ser e não ser…

Tudo ao mesmo tempo, num eterno devaneio de ser, se enrolando toda no tempo que tece seus fios invisíveis em torno de nossas vidas.

 No vórtice do ser, onde eu e o mundo nos encontramos, sou apenas um ponto de luz no vasto firmamento. Às vezes me sinto feita de poeira cósmica, navegando pelos caminhos invisíveis do universo onde o tempo se desfaz em um eterno presente.

No vórtice do ser, há sussurros ancestrais onde tudo se entrelaça em um intricado padrão.

No vórtice do ser, somos todos um só, fundidos em uma teia de conexões invisíveis, onde cada respiração é um eco do cosmo, e cada batida do coração é uma canção eterna.

Neste vórtice existencial, encontro meu lugar nos suspiros da terra, onde sou parte de algo maior do que eu mesma, me perco nas maravilhas do universo infinito que sou.