por Patrícia Volpe | mar 19, 2025 | prosa poética
Caminhai, humanidade, pois o Espírito não se detém! Não vos percam na ilusão do instante, pois o espírito não é estático. Tudo está se tornando algo. Tudo que se fixa, morre. O conflito é necessidade, é a dor da contradição que nos impulsiona para além do que somos...
por Patrícia Volpe | mar 4, 2025 | A Jornada do Diagnóstico: me and the Border, prosa poética
Ser polarizada é ter um vendaval que habita no peito, um deus de duas faces sussurrando opostos: ora sou Prometeu roubando o fogo, ora Ícaro despencando do céu. Entre esses extremos, a vida se desenrola como um mito pessoal, uma jornada onde o equilíbrio é miragem e o...
por Patrícia Volpe | fev 8, 2025 | poesia
Se lembrança qualquer pesa ou veste,despi-me dela, fiz-me agreste.Não sou abrigo, nem calmaria,sou ventre livre, ventania.Cada um leva o seu peso imposto,não enfie seu mundo sobre meu rosto.Nele, só vento, não caridade e nem fingimento.Não sou espelho, nem sou...
por Patrícia Volpe | jan 27, 2025 | prosa poética
Querido medo, o horizonte não nos desmancha – somos feitos para ele. Há de se ter coragem de viver o que faz o peito crescer, de ser honesto com o que sentimos, de soltar as grades da prisão do ego, da obrigação que não existe, da pena que nos chantageia, da...
por Patrícia Volpe | dez 24, 2024 | prosa poética
Natais não são apenas sobre luzes e festas. São também sobre as presenças que vivem nos espaços que deixaram — e que deixamos. O Natal, esse bicho que vem todo ano cutucar nossas frestas, faz sentimentos grandes crescerem entre as costelas. O Natal é altar para as...
por Patrícia Volpe | out 28, 2024 | A Jornada do Diagnóstico: me and the Border
O próprio peso é maior quando há duas de si. Cansa. Desgasta. Sou um mosaico de emoções desiguais, quebradas. Disfarçadamente recolho cacos de mim nos dias que nem me percebem. Sou limítrofe, contida por um imã de conflitos que fica me lançando contra as paredes de...
por Patrícia Volpe | set 30, 2024 | prosa poética
A política, essa bicha de gravata, não quer mais gabinetes. Ela quer estar nas migalhas de pão que o mendigo junta na calçada.O poder, com suas letras grandes, engole a palavra honra, deixa ela pelos cantos dos discursos. Na política de quem manda, faltam as miudezas...
por Patrícia Volpe | set 7, 2024 | prosa poética
Erro é uma fresta por onde a vida real se infiltra, desafiando a perfeição que nunca existiu. Cada falha é uma promessa de novos começos e a briga por razão, é inversamente proporcional à dimensão espiritual dos indivíduos envolvidos. Nas falhas humanas, no emaranhado...