por Patrícia Volpe | jun 8, 2024 | poesia
Saudade honesta, dor que condena, A falta torna o mundo uma sala pequena. O amor abandonado que se esconde, Dos cantos da minha alma, te responde. Por erros sem intenção, viro folha ao chão, No outono caída, sem meu coração. O vai passar, parece nunca findar, As...
por Patrícia Volpe | maio 26, 2024 | poesia
Às 3h da manhã, as palavras dormem enroladas em cobertores de silêncio. A noite despeja suas ausências pelo quarto e eu sinto as paredes respirarem devagar, como se temessem acordar os sonhos presos no teto. Os sonhos novos e velhos, fogem como vaga-lumes assustados,...
por Patrícia Volpe | maio 12, 2024 | A Jornada do Diagnóstico: me and the Border
Basta um primeiro ‘dia das mães’ sem a presença daquela que me faz ser mãe que, na ferida aberta da minha carência dá para enxergar as entranhas da minha alma. É como se a fome de afeto fosse o combustível para minha existência, a carência torna-se é um...
por Patrícia Volpe | maio 10, 2024 | poesia
Sou feita das memórias que me habitam,das histórias que vivi e das que nunca contei,das lágrimas que chorei e das que engasguei.Eu sou feita de restos e resíduos,um amontoado de achados e perdidos.Sou os pedaços de sonhos que outrora,escaparam pelas frestas da...
por Patrícia Volpe | maio 6, 2024 | poesia
É a história que transpira a palma da mão,No silêncio que só fala ao coração.Nossa Senhora, a Mãe de Deus é nossa mãe,E é ela quem busca todo filho do chão. Entre rezas, esperanças e cantigas,Seguimos na estrada das mulheres antigas.Guiadas pela luz que a Mãe...
por Patrícia Volpe | maio 3, 2024 | poesia
Eu almo, tu almas, ele alma, Nós almamos nas sombras da palma. Vós almais nas margens do rio, Outros almeiam o sol no vazio. Eu já te almei na chuva da tarde, Tu me almou na brisa que arde. Nós almamos na folha caída, Outros almam na vida esquecida. Todos almeiam o...
por Patrícia Volpe | abr 16, 2024 | prosa poética
Aceito a valentia desse passo, o bicho desta coragem. Não me saia da cabeça, não se vá da minha cachola: deixemos estar como está. Não se deve mexer no que nos arrepia de novo, no que volta a nos alimentar de vida… com o risco de passarmos famintos pela vida,...
por Patrícia Volpe | abr 4, 2024 | poesia
Na mata fechada, onde o sol não alcança,O diabo afaga e arde, feito brasa em mantas. Seus braços são cipós, serpentes da sedução, Que enlaçam o peito em dança de ilusão. Um pacto sem cor, no escuro da emoção, Onde perdemos o caminho e a direção. No silêncio do breu,...