por Patrícia Volpe | jan 26, 2024 | prosa poética
Há em mim um espaço abstrato, um abismo que engole tudo ao fim de todo dia. Ando mordendo o tempo que me ameaça e me abraça. Queria roer ele. Às vezes escrevo doce, às vezes as palavras já saem ariscas de meus dedos. Às vezes me pego em frente ao papel em branco, mas...
por Patrícia Volpe | jan 21, 2024 | A Jornada do Diagnóstico: me and the Border, prosa poética
Há dias em que a tristeza parece infiltrar-se em meus ossos, como se estivesse grudada em mim, e, por mais que eu tente descolá-la, não encontro a ponta. Aí, o rio dos pensamentos murmura suas lamentações, contando histórias para as pedras – meus sentimentos mortos...
por Patrícia Volpe | jan 17, 2024 | prosa poética
O amor não é calmo, ele é mais um formigamento danado de sentir. Quando o amor é ‘dos baum’, ele dói, lá no trecho entre o coração e a garganta, pega no ar que passa e passa direto, num vai e vem, deixando o peito meio desassossegado. É coisa séria, pode...
por Patrícia Volpe | jan 17, 2024 | prosa poética
Na roda do tempo comum, onde bichos e homens dividem a mesma poeira, há uma história que o vento conta sobre os animais de estimação que se foram. Não eram só passarinhos, gatos ou cachorros, mas camaradas de penas, patas e pelos, que enfeitaram a solidão se ser...
por Patrícia Volpe | jan 17, 2024 | prosa poética
A beleza da escrita hoje, reside na impossibilidade de apressar a sua leitura. Existem limites na velocidade, um respeito pela pausa que permite absorver, compreender e acolher o conteúdo. Hoje a calma, que é a base para a compreensão profunda, é subjugada pela...
por Patrícia Volpe | jan 16, 2024 | prosa poética
Na lama do tempo a vida desanda em ciranda. Tudo tem seu chamego, tem renda, tem mato, tem segredo. Tempo é um ribeirão, devagarinho, onde o coração dança, passarinho. Respeite o tempo, esse mestre sabido, um bicho escondido. Observe o instante, miúdo e grandioso,...