por Patrícia Volpe | jan 6, 2024 | prosa poética
Ser mãe é brincar de deus, na parte divina e na expiatória. É lançar sementes ao vento: filhos, são pedaços de nós que se desdobram em asas, que voam para lá de nós, para onde a vida os chama. A vida é um eterno ciclo de deixar ir, enquanto seguramos as rédeas do...
por Patrícia Volpe | jan 5, 2024 | prosa poética
Tudo posso naquilo que sinto. E se não sinto nada, quando percebo uma emoção, tento agarrá-la com a delicadeza de quem segura uma pluma. Em tudo o que é novo, há um encanto efêmero que se esvai com a marcha inexorável do tempo. Há a implacável obsessão do Tempo em nos...
por Patrícia Volpe | jan 4, 2024 | prosa poética
No raiar do ano novo somos eu, a minha gata Pandora e a Lua. A contagem regressiva, como marmotagem, é em direção ao início de contagem. Carro quebrado, meus pés a pé, o destino desatado. Ano novo, carro velho, versos nunca novos, solidão já conhecida, sonho velho,...
por Patrícia Volpe | dez 31, 2023 | prosa poética
Em meio ao silêncio que precede o ano novo, as palavras se inquietam sem destino certo. Observo a passagem dos minutos como quem contempla o movimento das águas, captando o instante em que o ano, como que em um funil, deslizará para um novo horizonte. Nem sei como...
por Patrícia Volpe | dez 30, 2023 | prosa poética
Em meio aos últimos dias de mais um ano (ou menos um ano, nunca sei), o velho conhecido Natal se desenha como uma coisa triste, apesar de bonita. Na árvore que não monto mais, pendurados, enfeites de saudades, de sonhos mortos e outras tantas novas esperanças. Aos...
por Patrícia Volpe | dez 10, 2023 | prosa poética
Às vezes, pessoas escorrem lentamente de nós, como areia fina entre os dedos, e nós também perdemos os outros da mesma maneira. Às vezes, o processo é tão gradual que nos ilude, nos escapa à percepção, a perda se disfarça em pequenas ausências até que, de repente, o...