Não é verdade, pequeno pardal? Que a crueldade que teima em voar é apenas sombra na alma? Há um rio que corre manso à nossa espera, onde os peixes bailam sem medo e as pedras cochicham histórias de paz. Nesse rio sereno, há um convite para lavar as mágoas, para curar as feridas e para encontrar a paz que há muito buscamos. Não é destino a escolha de sempre ser cruel, frio, sem querer. Na crueldade das palavras, há sempre uma ferida que não cicatrizou, uma questão mal resolvida. Deus é Pai, não é padrasto, isso posso afirmar, pois é o único que nunca escolheu abandonar.