Embriaga-te da poesia que brota do arcano do vento, Voe com as estrelas para que o seu tempo Não seja apenas um vão momento. Embriaga-te de poesia, virtude e do que é teu, No palácio, na vala, no quarto, no destino que é teu. Arranco infinitos do meu peito, Como sonhos no tecido desse meu leito. É preciso embriagar-se sem descanso, sem pudor, Com poesia e virtude, como um labor. Perguntai ao universo que horas ele ressoa, É sempre hora de não ser escravo da vida à toa.