
Patricia Volpe
Alma Fronteiriça: Poesia e Filosofia De um Coração Sireno
Outrora ele vivia poesia, agora, poemas.
Em gestos de entrega, amavam-se, dois corações em linha reta. Fronteiras foram rompidas, ela voou, mas num voo breve, sem resistência em ar de sufocar. Num céu compartilhado, era uma só asa a...
Pele é Foda
Deus esculpiu a alma, o diabo, astuto, veio em segredo e a pele criou, bruto. Película que esconde seres profundos, nas dobras, desejos em queda nos sulcos. Deus fez a alma, mas a pele é o...
Mãe de Quintal
Ser mãe é brincar de deus, na parte divina e na expiatória. É lançar sementes ao vento: filhos, são pedaços de nós que se desdobram em asas, que voam para lá de nós, para onde a vida os chama. A...
Valsa dos Abandonados: a Deusa Solidão
De todos os seres existentes, não te enganes, o mais solitário é a solidão. Não penses que ela é um ser coletivo dentro do qual todos os seres solitários se solidarizam e se reúnem nela para uma...
Caos: Um Barco à Deriva Dentro de Mim
Tudo posso naquilo que sinto. E se não sinto nada, quando percebo uma emoção, tento agarrá-la com a delicadeza de quem segura uma pluma. Em tudo o que é novo, há um encanto efêmero que se esvai com...
Crônica de Pandora – Uma Noite Qualquer
No raiar do ano novo somos eu, a minha gata Pandora e a Lua. A contagem regressiva, como marmotagem, é em direção ao início de contagem. Carro quebrado, meus pés a pé, o destino desatado. Ano novo,...