
Patricia Volpe
Alma Fronteiriça: Poesia e Filosofia De um Coração Sireno
Como Eu Imagino a Paz
A paz se esconde nas células das coisas, é a delícia sutil que nos embriaga, que nos faz dançar entre as sombras das árvores e as frestas do tempo. Há uma constante tormenta silenciosa, nos...
Amor usado, amor descartado
No desamor, os sentimentos são relegados à condição de entulho humano. Eis o circo dos afetos: hoje amam com encanto e circunstância, de repente desarmam as tendas do coração e abandonam tudo na...
Devaneio sem rima, sem ritmo, sem palavras
Há em mim um espaço abstrato, um abismo que engole tudo ao fim de todo dia. Ando mordendo o tempo que me ameaça e me abraça. Queria roer ele. Às vezes escrevo doce, às vezes as palavras já saem...
Versos Abandonados
Na pele do mundo, um abandono ecoa,Onde o amor, a ternura, a esperança se escoam.Em cada rua, um cão sem dono vagueia,No olhar perdido, na noite de almas alheias. Olhai para o abandono com olhos de...
Tateia-me
Tateia-me a alma, e se me faltar o ar, prometa inteira me respirar para não me desperdiçar. Seja você a doença que meu organismo se serve para se livrar do que não me serve. Segure com a boca meus...
Gestação na Epiderme
Num instante que rebenta em vida,Sinto na pele sementes escondidas.Gestante de desejos, sou obra de barroNeste manto de vida raro. Grávida de vida, além do que se suporta,Suspiro profundo, na...